Nós que nascemos às margens...
Ás beiras do Velho Chico temos na alma liberdade... O fluir das águas mansas que nos conduzem para os diversos mares, muitas vezes alimentados pelas ilusões dos singelos desejos de sermos felizes...
As águas impulsam a irmos buscar os nossos sonhos além das beiradas do São Francisco...
Se é possível? só saberemos se nos jogarmos neste rio, mergulhar sem medo de ir, cada vez mais longe, das nossas próprias margens...
A memória preservará o tempo pretérito... O brincar na beira do rio...A correr atrás da nossa bola...
Quando estivermos do outro lado, lembraremos com carinho daqueles sonharam junto conosco, que nos deram os primeiros impulsos e incentivaram com coragem a nadar em direção ao sonho...
Ribeirinho da beira rio além das águas buscastes os ares... voo como uma gaivota, sem esquecer das águas...
Aqui embaixo, nas suas margens ficaram as marcas de quem nunca esqueceu de onde partiu...
Menino da beira do rio...
In memória de Sérgio Manuel
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